Bruno Segalla
O artista caxiense Bruno Segalla nasceu no ano de 1922, filho de Antônio Segalla e Maria Panarotto, descendentes de imigrantes italianos.
Em 1933, Maria separou-se de Antônio. Em virtude disso, foi a Porto Alegre para aprimorar seus conhecimentos e profissionalizar-se como parteira.
Assim, foi possível educar seus quatro filhos sozinha, com a renda das consultas e partos que realizava. Devido à precária condição financeira da família, seus filhos passaram a trabalhar desde muito cedo.
Em 1935, Bruno Segalla ingressou no setor de gravações da Metalúrgica Abramo Eberle, onde desenhava, modelava e operava um pantógrafo importado da Alemanha, chamando a atenção de seus colegas de trabalho por sua habilidade.
Foi durante os primeiros anos como metalúrgico que ele adquiriu conhecimentos técnicos em contato com moldes de decoração em talheres, baixelas, artigos sacros e decorativos e, também, com medalhas, principalmente as de conteúdo religioso.
Em 1948, casou-se com Almira da Silva, com quem teve cinco filhos. Seguiram-se dois anos para que assumisse sozinho a modelagem e a gravação de todos os modelos de medalhas que a empresa Eberle fabricava.
Ao mesmo tempo em que se dedicava à profissão, Segalla se envolveu com a política. Sua cassação política por cerca de 15 anos e o obscurantismo imperante no período ditatorial o fez retornar efetivamente à sua arte, não apenas como trabalho, mas também como distração e lazer.
Nos anos que compreendem a segunda metade dos anos 1970, recebeu encomendas e passou a dedicar-se à confecção de diversos bustos e medalhas, assim como continuou executando suas próprias criações.
Bruno Segalla se tornou um dos grandes artistas do Rio Grande do Sul, a partir dos esboços das obras dos monumentos e esculturas produzidas por ele ao longo de sua trajetória.