Um encontro que uniu preservação, bem-estar e novas formas de educar
No dia 20 de março de 2025, o projeto Museus, Monumentos e Memórias promoveu seu segundo seminário, desta vez no auditório do Bloco E da Universidade de Caxias do Sul, futura sede do Instituto Bruno Segalla.
Com o título “Sustentabilidade, Educação e Felicidade”, o evento propôs um diálogo ousado, como preservar o patrimônio cultural sem perder de vista a qualidade de vida, o equilíbrio ambiental e a alegria de viver?
Por que unir sustentabilidade e felicidade ao patrimônio?
A preservação do patrimônio muitas vezes é associada a ações técnicas, restauração de obras, cuidados com acervos, criação de leis de proteção. Mas o seminário trouxe uma provocação: o patrimônio só é realmente preservado quando está vivo na vida das pessoas.
Isso significa pensar não só na conservação física, mas também no papel que ele desempenha no bem-estar coletivo, na educação das novas gerações e na construção de uma cidade mais sustentável.
Assim, o encontro ampliou o olhar sobre a educação patrimonial, conectando-a com práticas de sustentabilidade e com a ideia de felicidade como direito social e cultural.
Uma programação que inspirou e mobilizou
O seminário contou com quatro palestras e workshops ministrados por especialistas reconhecidos nas áreas de educação patrimonial, sustentabilidade urbana e psicologia positiva.
Os temas foram cuidadosamente escolhidos para gerar intersecções:
- Como inserir a sustentabilidade no planejamento de espaços culturais;
- Estratégias para engajar comunidades na preservação do patrimônio;
- A relação entre bem-estar e participação cultural;
- Exemplos práticos de projetos que unem arte, preservação e qualidade de vida.
Números e alcance
O evento registrou 100 inscritos, sendo 40 participantes presenciais e 14 integrantes da equipe e convidados, além de um público remoto que acompanhou pelo canal do YouTube do Instituto Bruno Segalla.
A presença de intérprete de Libras garantiu a acessibilidade, mantendo o compromisso já firmado na primeira edição dos seminários.
Marcos importantes do dia
O seminário também foi ocasião para o lançamento do edital de inscrições para as oficinas de 2025, que ampliariam o alcance do projeto para novas escolas da rede pública.
Curiosidades e momentos marcantes
- Uma das palestras apresentou um estudo de caso sobre um bairro que transformou praças abandonadas em espaços de convivência, conectando arte e práticas sustentáveis, algo que inspirou professores presentes a pensar projetos semelhantes para Caxias do Sul.
- Houve um exercício coletivo em que os participantes listaram “coisas que nos fazem felizes na cidade”, e muitos citaram locais históricos e museus, reforçando a ligação entre memória e bem-estar.
- Uma educadora relatou que, para seus alunos, visitar um museu pela primeira vez foi uma experiência tão marcante quanto ganhar um presente especial.
Patrimônio como ferramenta de transformação social
O grande mérito do seminário foi mostrar que falar de patrimônio não precisa ser restrito ao passado. Ao relacioná-lo com sustentabilidade e felicidade, o evento revelou que preservar é também criar condições para que as futuras gerações vivam melhor.
Essa visão amplia o papel de instituições culturais, elas deixam de ser apenas guardiãs da história e se tornam agentes de transformação social.
Conclusão: plantar hoje para florescer amanhã
O seminário de março de 2025 deixou uma mensagem clara, cuidar do patrimônio é cuidar da cidade como um todo, seu ambiente, sua cultura e suas pessoas.
O Instituto Bruno Segalla reafirma seu compromisso com a educação patrimonial não como um fim, mas como um caminho para uma sociedade mais justa, criativa e feliz.
